sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Voto Eletrônico

Não há dúvidas que o processo eleitoral brasileiro, é um dos mais rápidos do mundo, contabilizando centena de milhares de votos em poucos dias.
Esta rapidez não que dizer que é totalmente eficaz, em outras palavras, não há muitas garantias, por parte do TSE, que o processo inteiro é 100 %  transparente e/ou honesto. Onde o TSE detém todo o processo eleitoral, desde a entrega das urnas eletrônicas, auditoria e julgamento.

No caso das urnas eletrônicas, pouco se sabe, sobre o programa que está rodando ali. O TSE na véspera das eleições libera o algoritmo aos partidos para averiguação, onde tem pouco tempo para a mesma. O processo de biometria que o TSE está implantando, garante que o indivíduo vote somente uma vez, mas não há garantias que seu voto seja inviolável.  O que nos remete a seguinte indagação: “Como podemos fazer uma eleição com mais segurança de dados?”.

Inicialmente, temos varias vulnerabilidades que podem ser possivelmente aplicadas às urnas, como por exemplo alterações de informações antes da votação, no transporte das urnas para as seções eleitorais ou seu regresso aos locais de apurações, na programação das próprias urnas ou nas centrais de contagem, dentre outros. Atualmente três modelos de urnas estão disponíveis no mercado, sendo primeira, segunda e terceira gerações. Uma medida que pode diminuir essa vulnerabilidade em nosso país seria a utilização de segunda ou terceira gerações.
Gerações das urnas:
  • Primeira geração -  é o modelo empregado atualmente no Brasil, o voto é gravado em meio digital para apuração, sua confiabilidade fica diretamente no software instalado na urna;
  • Segunda geração  -  a característica principal é o registro em duas vias independentes, uma digital e outra em papel, para auditoria posterior;
  • Terceira geração - sua característica principal é voto o criptografado, através do recebimento de uma parte impressa que permite que o próprio eleitor possa acompanhar e conferir a apuração do seu voto.

No caso do Brasil existe um grande debate sobre a implementação das segunda e terceira gerações de urnas, segundo os opositores o voto impresso não aumenta a transparência, a fila na votação aumentaria em tamanho e tempo, maior incidência de votos nulos e brancos, a impressora é mais uma elemento que poderia causar problemas caso apresente alguma falha de operação e/ou impressão, além do preço estimado para a implentação pode ultrapassar 140 % do custo atual.

O artigo 5º  da Lei 12.034 de 29/09/2009, garante o voto impresso para as eleições de 2014, porém existe um projeto de lei para revogar este artigo do Código Eleitoral que é a PL 2789/2011.

O Novo Voto Eletrônico (e-voto)

A cada dois anos vamos às urnas decidir quem irá governar pelos próximos 4 anos, para presidência, senado, câmara dos deputados federais, deputados estaduais, prefeitura e câmara dos vereadores. Nós decidimos em um dia ou dois dias (quando temos segundo turno), os eleitos por nós que representarão nos anos seguintes. E se ao invés de esperar 4 ou 8 anos, na caso dos senadores, para mudar a forma que ele cumpre seu mandado, o eleitor tivesse o direito de opinar durante o seu mandando? Não através de plebiscitos, que demora algum tempo para elaboração, mas sim através da internet, os e-votos, como vem acontecendo na Suíça. Os eleitores participam de referendos periódicos convocados por iniciativas populares, que ditam a forma e o jeito de governar, este processo pode ser realizado por certificado digital, e-CPF, tokens, etc.

Hoje no Brasil existem varias ações do governo e populares que disponibilizam informações para o eleitorado com intuito de consulta popular, sem valor real, somente enquete. Algumas encontramos no site do Congresso Nacional nos links http://www.votenaweb.com.br/ e  Câmara Deputados: http://www2.camara.leg.br/agencia-app/listaEnquete.

Uma linha a ser seguida pelos os congressista e senadores seria o site Votenaweb. Um site de engajamento cívico apartidário que apresenta, de forma simples e resumida, os projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional. Qualquer pessoa pode votar contra ou a favor das propostas e dar a sua opinião, encarregar-se de levar ao Congresso os resultados dessa participação popular, com o objetivo de aumentar a politização da sociedade, oferecer uma maneira fácil de acompanhar, votar e debater sobre o trabalho dos políticos, e criar um ambiente favorável ao diálogo entre parlamentares e cidadãos. De simples adesão, todos podem participar do site lendo na integra as leis propostas dos congressistas, comentar em quantos projetos de lei quiser, além de visualizar os mapas de votação, enviar mensagens diretas aos parlamentares e até mesmo conferir o grau de afinidade com políticos e partidos. Já o site da Câmara Deputados é voltado para enquetes, não traz discussões sobre projeto de leis, apresenta somente os rumos de projetos futuros de aclamação popular.

Referencia:







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